CONCEITO

Um piano em escala monumental, enterrado no chão, formado por linhas retas, inclinadas e sóbrias, e centenas de teclas. A perspectiva acentuada dessas linhas tensiona a presença espacial do piano. De seu interior saem memórias materializadas em objetos coloridos como o fundo do mar – por vezes leves como balões, outras vezes objetos cotidianos. Ao longo do espetáculo a superfície do piano se desmancha aos poucos, revelando sua estrutura interior, até que, finalmente despida, torna-se a prória espinha carcomida do peixe.
O público encontra, inicialmente, o gigantesco objeto embrulhado por um tecido claro, amarrado por cordas. O tecido é desembrulhado, tornando-se um tapete prata – que evoca o mar e delimita a área do espetáculo – sob o qual repousa o velho piano negro.

O PROJETO

O projeto inclui 3 elementos principais: um piano gigante com variadas aberturas; uma escada alta; um tecido .
O piano mede aprox. L 2,5m x C 7,0m x H 3,5m. Sua superfície é composta por placas retrateis de compensado tingido, fixadas a uma estrutura metálica interna. O volume funciona como uma caixa contenedora de todos os objetos relacionados ao espetáculo, como caixas de som, figurino, objetos de cena e etc, permitindo multiplos acessos e surpresas através da abertura das suas placas. Parte de suas teclas é formada por um teclado real e o resto completa-se com teclas cenográficas.
A escada com 8m, de perfil metálico, poderá ser apoiada ou fixada em seus vértices, servindo de gangorra ou mastro aos atores.
O tecido tem 12 x 12 metros, embrulha o piano no prólogo do espetáculo e depois torna-se um tapete sob o piano (mar).